O “bloco B” do Lar Nossa Senhora da Encarnação já foi adaptado e tem capacidade para alojar 39 estudantes do ensino superior.
Um dos blocos do Lar Nossa Senhora da Encarnação foi transformado em residência para estudante, com capacidade para 39 camas. A adaptação do “bloco B” já está concluída e pronta para receber estudantes ou professores, confirmou ao REGIÃO DE LEIRIA o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Leiria, proprietária do imóvel.
Segundo Carlos Poço, a decisão de alterar o uso do edifício deveu-se ao facto de a manutenção da valência de lar naquele bloco exigir uma intervenção profunda para corresponder às exigências legais atuais.
Já as obras de transformação do espaço em residência foram reduzidas, não tendo sido necessárias “grandes alterações”, além da “criação de um acesso independente e direto para o edi f ício”, explica o responsável.
O bloco é ocupado, no rés-do-chão, pelo serviço de Fisioterapia, estando os três pisos superiores ocupados por 17 quartos duplos e cinco individuais, todos com casa de banho privativa.
“Os quartos têm todas as condições”, sublinha Carlos Poço, dando conta da possibilidade de alargar, no futuro, esta resposta para 60 camas, “se correr bem e houver procura suficiente”, através da adaptação de um espaço ainda disponível no edifício.
Além de zonas comuns, como salas de estar e de estudo, biblioteca, refeitório, copa, videovigilância e elevador, a instituição disponibiliza vários serviços ex-tra mediante contratação, como refeições, serviço de quarto e de limpeza, lavandaria e cafetaria.
Os estudantes poderão ainda beneficiar de fisioterapia e de consultas de psicologia, acrescenta Carlos Poço, referindo que a equipa de apoio à residência estudantil é a mesma do lar.
Quanto ao valor das rendas, e não beneficiando a Misericórdia de acordos de cooperação ou de subsídios para esta resposta, serão praticados “preços do mercado” a que “acrescem os serviços prestados”, refere o responsável.
Ainda segundo Carlos Poço, o lar foi construído há cerca de 36 anos, tendo o “bloco B” sido executado “logo a seguir ao bloco A [principal]”. “O edifício está em ót imas condições”, assegura, mas precisava de obras para dar cumprimento às novas exigências técnicas para continuar a acolher pessoas idosas. “À medida que temos perdido pessoas, por falecerem, deixámos de admitir novas”, tendo o edi f ício f icado desocupado há cerca de dos meses.
Quanto ao projeto de requalificação do lar, anunciado em 2019 e estimado em 4 milhões de euros após revisão, foi objeto de candidatura ao PARES 3.0. Embora tenha sido aprovado em 2022, não avançou. “O Estado não tinha verbas suficientes para poder fazer o contrato”, situação que terá acontecido com outras instituições, salienta Carlos Poço.
Noticia Jornal Região de Leiria