De acordo com um estudo multinacional 1 em cada 5 mulheres adultas tem pelo menos um episodio de infeção urinária ao longo da vida. As mulheres apresentam um risco mais elevado de desenvolver esta doença, apesar de também afetar os homens. O motivo principal deve-se ao facto de as mulheres possuírem uma uretra mais curta e próxima da vagina e do ânus, o que favorece a migração de bactérias. Mas existem outros elementos que contribuem para que esta doença afete mais as mulheres, como o uso de cremes espermicidas, ato sexual, a gestação, os diabetes, a obesidade e a higiene íntima feita incorretamente. O facto de a uretra feminina se localizar na vagina, também facilita e contribui para que as infeções ocorram em maior número nas mulheres.
Tipos de infeções urinárias
Associação Europeia de Urologia (EAU) classifica-as em função da localização (uretrite, cistite, pielonefrite e sépsis), da gravidade, dos fatores de risco do hospedeiro e se é complicada ou não..As infeções não complicadas são aquelas que ocorrem em doentes saudáveis e na ausência de anomalias estruturais ou funcionais do aparelho urinário. Todas as outras são consideradas complicadas.
Como ocorrem em diferentes órgãos do trato urinário, a infeção urinária pode ser de diferentes tipos:
Sintomas
Podem ocorrer vários sintomas, em simultâneo ou apenas manifestar-se um. O nível de intensidade também varia, dependendo da localização da infeção e da sua evolução:
Como prevenir?
De forma a reduzir o risco de desenvolver uma infeção urinária, recomendamos que siga as seguintes indicações:
- beber grandes quantidades de líquidos, sobretudo água
- lavar bem as mãos
- não estar muitas horas sem ir à casa de banho
- utilizar sabonetes neutros na higiene local
- usar roupa interior mais larga e de algodão
- efetuar a higiene de frente para trás depois de urinar ou de evacuar, prevenindo que bactérias da região anal se expandam para a vagina e uretra.
- esvaziar a bexiga após as relações sexuais
Mensagem final: é fundamental que os episódios de infeção urinária sejam corretamente diagnosticados, tratados e prevenidos, tendo em atenção o correto uso dos antibióticos, de modo a não potenciar o aumento de resistências. Aconselhe-se junto do seu urologista.