No passado dia 5 de Janeiro a Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Leiria assinalou 3 anos do seu mandato.
Para o Provedor da Instituição, Eng. Carlos Poço, iniciou-se em 2016 um mandato com a imagem da Misericórdia de Leira muito debilitada, fruto das dificuldades financeiras que se vinham a degradar de forma significativa nos últimos tempos. “colocar as contas em dia, e implementar mudanças organizacionais profundas foram os primeiros grandes desafios, no fundo, gerir melhor para apoiar mais foi o mote que nos guiou”, referiu.
Em jeito de balanço o Provedor refere que “nos dois primeiros anos introduzimos um conjunto de alterações organizacionais indispensáveis para a necessária mudança de rumo da Instituição. Quebramos um ciclo de 10 anos de sucessivos resultados negativos, esta é uma realidade essencial para enfrentarmos com sucesso os difíceis desafios do futuro”.
Para o responsável da Instituição “é indiscutível a forma como a Santa Casa da Misericórdia de Leiria se afirmou junto da comunidade. Credibilizámos a Instituição, abrimos a Instituição à nossa comunidade que confia muito mais nos serviços que diariamente colocamos ao dispor da população.”
Ao longo dos últimos dois anos a Instituição realizou dezenas de eventos, que mobilizaram milhares de pessoas em torno dos diversos temas. A Aldeia da Alimentação Saudável, as Caminhadas Cidade em Movimento, os Ciclos de conferência da Economia Social, as diversas Jornadas que foram sendo realizadas, com destaque para as Jornadas da Saúde, da Nutrição, da Medicina Física e de Reabilitação e as Gerontológicas, foram algumas das muitas iniciativas promovidas pela Misericórdia de Leiria, cujo objetivo foi aproximar a Instituição da população e também mobilizar recursos para apoiar projetos e causas solidárias.
A credibilização da Instituição provocou o reconhecimento por parte da sociedade e de algumas Instituições, prova disso foi a distinção em 2018 com o selo de entidade inclusiva do Concelho de Leiria, esta distinção pretendeu promover o reconhecimento e distinção pública de práticas abertas e inclusivas relativamente às pessoas com deficiência e incapacidade, ou mesmo, a atribuição à Santa Casa, por parte da Fundação Montepio de uma carrinha de 9 lugares adaptada com elevador para pessoas com mobilidade reduzida.
Gerir melhor, permitiu que em 2018, pela primeira vez na história da Instituição, o Hospital D Manuel de Aguiar deixou de ser o grande consumidor dos recursos das diversas valências da Misericórdia e começou a obter resultados positivos. No Hospital foram implementamos melhorias significativas, “desde a organização, abertura de mais especialidades médicas, mais acordos com seguradoras, mais e melhores especialistas, bem como, intervimos também nas infra estruturas e equipamentos com o objetivo de atribuirmos mais conforto e modernidade”, reforçou o Provedor.
“Com a libertação destes recursos, estamos a conseguir cuidar mais e melhor de quem mais precisa, através de diversas respostas sociais que disponibilizamos. Mas queremos ir muito mais longe, na qualidade e na quantidade dos serviços prestados.” explicou o Provedor.
Também na área social a Santa Casa da Misericórdia de Leiria, investiu na melhoria da qualidade das infraestruturas e dos serviços que presta aos utentes. Destaca-se, por exemplo, as melhorias que se efetuaram no Serviço Integrado de Proximidade, para além de novas carrinhas, existem mais recursos humanos, novos horários, e novos serviços clínicos ao dispor de toda a comunidade.
Foi criada a Academia do Movimento Ativo, onde funciona a Universidade Sénior, e o projeto Formar para a Inclusão, o primeiro pretende promover nos seniores uma vida ativa e feliz, já no projeto Formar para a Inclusão pretende-se disponibilizar ferramentas formativas para cidadãos que estejam numa situação socialmente frágil, promovendo a sua integração no Mercado de Trabalho.
Para o Provedor da Misericórdia, “o rigor da gestão implementada significou estarmos, hoje, preparados e sobretudo capacitados para abraçar novos desafios e concretizar velhas ambições, como por exemplo, a necessária requalificação do Lar Nossa Senhora da Encarnação. Este é agora o grande desafio. Em 2018, concretizámos dois aspetos essenciais, por um lado, elaborámos a candidatura ao Portugal 2020, com o objetivo de obtermos financiamento comunitário para a obra, sobre a qual aguardamos decisão dos órgãos competentes, por outro lado, foram elaborados os diversos projetos de arquitetura e especialidade que permitirão avançar, após obtenção de financiamento, com o concurso para a elaboração da obra. Paralelamente estamos a trabalhar numa solução, que permita à Instituição avançar para a globalidade da obra, pois, mesmo que a candidatura ao Portugal 2020 seja aprovada, o montante destinado para a intervenção neste apoio comunitário é insuficiente. É um projeto ambicioso que tem necessariamente que ser executado.”
Para o responsável da Instituição “foi necessário mudar procedimentos, implementar novas metodologias de trabalho, profissionalizar a gestão, aumentar o rigor e o brio profissional, quebrar rotinas, implementar mudanças difíceis. Os três primeiros anos foram os anos chave para estas mudanças, mas importa referir que qualquer organização que se queira moderna e preparada para enfrentar com sucesso os desafios do futuro, tem de ter em conta a implementação de processos de mudança de forma constante.”, reforçando que existe ainda muito trabalho pela frente.
“Não vamos permitir estagnação, queremos e vamos estar de forma permanente a ir ao encontro dos anseios e exigências dos nossos utentes e da população em geral. Tudo isto para apoiar mais. É esta a essência da nossa Instituição.”, reforçou o Provedor da Misericórdia de Leiria.