O melanoma é o tumor da pele mais agressivo. Como outros tumores malignos a sua deteção precoce, numa fase que ainda não invadiu a pele em profundidade, pode permitir uma intervenção curativa. É importante para melhorar o prognóstico desta doença a sua deteção precoce. Ainda mais importante é prevenir, o que se pode fazer evitando a exposição solar excessiva principalmente na infância e juventude.
Algumas características destas lesões são sugestivas da sua natureza: lesões assimétricas, com bordos irregulares, cor heterogénea, diâmetro superior ou igual a 6 milímetros e que crescem ou mostram alterações das suas características. A dermatoscopia consegue uma visão com significativa ampliação o que permite aos dermatologistas treinados avaliar dados não visíveis à observação simples.
Para além da exposição solar outro fator de risco é uma história familiar deste tipo de tumor ou de outros tumores da pele. Algumas características pessoais estão também associadas a um maior risco da doença e que são as peles mais claras, a cor loira ou ruiva do cabelo, olhos claros e a presença de um grande número de lesões benignas da pele designadas por nevos e que podem por vezes apresentar características atípicas, semelhantes às dos melanomas.
Muito recentemente um serviço de saúde norte-americano (US Preventive Services Task Force) reviu as suas recomendações quanto à redução da exposição à luz solar e ao auto-exame. Recomendam minimizar a exposição desde os 6 aos 24 anos, ou até mais idade em populações de risco. Quanto ao auto exame este poderá ser mais útil a pessoas com história familiar e um número acentuado de nevos, principalmente atípicos. Para estes é também recomendado observação médica anual.
O tratamento da doença avançada conheceu importantes avanços nos últimos anos quer através da imunoterapia, quer com agentes ativos sobre alvos específicos das células malignas. Assistiu-se assim a um aumento significativo da sobrevivência destes doentes que a quimioterapia não conseguira obter.