Realizou-se no passado dia 26 de Novembro a Assembleia Geral da Misericórdia de Leiria, entre os vários pontos da ordem de trabalhos, destaca-se a apreciação e votação do Plano de Atividade e Orçamento para 2017.
O Provedor da Misericórdia, Eng. Carlos Poço, iniciou a discussão do ponto com a apresentação das principais iniciativas realizadas entre Janeiro e Novembro de 2016, dando destaque à reorganização interna da Instituição e a aposta na profissionalização da estrutura com o objetivo máximo de inverter paradigmas na gestão, colocando desta forma o Hospital D Manuel de Aguiar a libertar recursos para o aumento da qualidade na resposta social da Instituição.
O Provedor teve ainda a oportunidade de apresentar alguns indicadores que demonstram que a mudança em curso já está a produzir efeitos, como por exemplo, a melhoria em 54 % do resultado líquido na área da Saúde, quando comparado o acumulado de Setembro de 2015 com o de 2016, em termos numéricos representa uma melhoria de 154.577,36€ no resultado, “embora ainda num patamar negativo, estes dados representam o esforço claro, da atual Mesa administrativa, estamos a gerir melhor para apoiar mais”, referiu o Provedor da Misericórdia de Leiria.
Quanto ao plano de atividades e orçamento para 2017, o Provedor refere que “este documento reflete a afirmação da mudança que estamos a implementar, é um documento com ambição e que pretende reforçar a dinâmica impressa em 2016 nas diversas valências da Santa Casa, aumentando e melhorando os serviços prestados aos utentes da Instituição, bem como, promovendo uma gestão humanizada dos serviços, envolvendo todos os técnicos da instituição, pretende-se libertar recursos financeiros que potenciem a modernização dos serviços prestados à comunidade”.
Em termos gerais, o orçamento prevê um resultado liquido positivo de aproximadamente 416 mil euros, contrastando com os resultados líquidos negativos sucessivos da última década que colocavam em causa a sustentabilidade da Instituição.
Desta forma, prevê-se um aumento dos rendimentos e uma diminuição dos gastos, bem como, o aumento considerável do cash flow na ordem dos 850 mil euros, “Trata-se de orçamento ambicioso que obrigará a uma gestão criteriosa. Pela primeira vez, envolvemos toda a Instituição na elaboração deste documento, o compromisso para atingirmos estes objetivos é de toda a Instituição, só assim, atingiremos o tão desejado patamar de excelência”, referiu o Provedor da Misericórdia.
O documento foi submetido a apreciação e foi votado por unanimidade.
Outro ponto, em discussão e que foi aprovado por unanimidade foi a atualização do valor da quota da Irmandade.
No final da Assembleia, o Provedor de Misericórdia aproveitou ainda para lamentar “a ausência daqueles que se apresentaram como alternativa nas últimas eleições, e que não têm evitado, ao longo dos últimos meses, denegrir na praça pública, o bom nome da Instituição. Este é o órgão própria para sugerir, criticar, é aqui que deviam participar”.
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